Pinan


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Pinan (em japonês: 平安? ピンアン) é uma série de katas praticados no caratê[1] presentes em vários estilos da arte[2]. Sua origem está na ilha de de Oquinaua e sua autoria é apontada em Anko Itosu, quem os compilou de katas mais antigos, como Kushanku e Gojushiho em formas adequadas para o ensino inicial da arte marcial. Quando Gichin Funakoshi passou a difundir o caratê pelo Japão inteiro, ele mudou o nome dos katas para Heian, que pode ser traduzido como "mente tranquila", e reorganizou a ordem dos mesmos, invertendo o primeiro e o segundo da sequência tradicional.

História

Reza uma das histórias sobre a origem do kata Pinan que Anko Itosu[3] aprendeu um kata de um homem de origem chinesa que vivia em Oquinaua. Aquele kata era chamado de Chiang Nan, o que na língua nativa da ilha foi aproximado foneticamante e até ser pronunciado Channan. A forma original do kata Channan está perdida. Como o mestre considerava a forma muito extensa, dividiu e moldou os cinco novos, porque julgou ser mais fácil de aprender, e o fito era ensinar habilidades motoras específicas e uma sensação de movimento corporal específica de formação para jovens estudantes que tentam aprender o caratê.
Apesar do romantismo lendário, aponta-se uma incongruência sobre a historicidade da versão. Num relato duma reunião Itosu com um aluno seu e com os alunos mais jovens sobre como executar um kata que acabara de criar para o seu dojô. O aluno entonces comentou que nunca o tinha visto e perguntou o que era chamado. Meste Itosu respondeu que o nominava de "Channan", mas que ele não estava feliz com o mesmo, posto ser muito tempo e ter pontos fracos. Desta feita, alguns especulam que Itosu pegou aquela forma original e a dividiu, criando os outros cinco katas.
Parece ser mais provável que Anko Itosu tenha criado um kata usando as técnicas mais vetustas de Kushanku, Jion e talvez Bassai-Dai, com o escopo de fazer uma ligação entre as técnicas mais básicas e mais avançadas, uma forma de introdução à arte marcial, na qual seriam usados movimentos que seriam familiares ao neófito quando começasse a treinar. Após a conclusão, contudo, ele mudou de ideia sobre ter um kata extenso o subdividiu em cinco. Um dos fatores que indicam essa ideia é que existem ainda hoje os kihons katas, os quais são usados pelos professores como forma de apresentar os alunos a técnicas mais avançadas do caratê[4].

Série

O conjunto é composto por cinco katas. O criador do estilo Shotokai, dizendo que as técnicas do segundo kata trazia técnicas mais básicas, ensinava-o por antes e formalizou a reorganização com seu renomeio. Contudo, as escolas mais tradicionalistas mantiveram a nomenclatura. Todos os katas iniciam com um movimento de defesa para a esquerda, o que denota sua principal característica, que é a não-agressão: o caratê, como arte marcial, deve ser uma arte de defesa, de mãos limpas, de quem sempre superpõe a paz a outros aspectos.

Pinan Shodan

(em japonês: 平安初段) ou Heian Nidan

Pinan Nidan

(em japonês: 平安二段) ou Heian Shodan
No estilo Shotokan, inicia com uma gedan-barai; já nos Shito-ryu, Shorin-ryu e Wado-ryu, com um tetsui-uchi.

Pinan Sandan

(em japonês: 平安三段)

[ Pinan Yondan

(em japonês: 平安四段)

Pinan Godan

(em japonês: 平安五段)

[editar] Pinan Dai

(em japonês: 平安大)
O kata Pinan grande, cuja prática paracer ser feita nalgumas escolas, é uma amálgama de todos os cinco[5]. A ordem na qual a sequência executadas é alterada para uma formação simples e básica para misturar naturalmente os katas, sem quebra. Importante notar que este kata, posto que tenha origem oquinauense, engloba os elementos básicos do Budismo para harmonizar os elementos terra, água, fogo, ar e éter, como delineados no período Heian japonês[6].